Resenha Crítica do longa O CLUBE DO TIGRE (Tiger Team)
Alemanha, 2010, 89min.
Direção: Peter Gersina
Por Rosalia Duarte
Biggi, Patrick e Luk formam o Clube do Tigre, uma equipe de detetives-mirins, espertos e curiosos, cuja “agência” de investigação funciona no sotão do restaurante de Mae, uma simpática senhora chinesa. Uma tarde, entre um rolinho primavera e outro, o trio quebra, acidentalmente, uma estátua de cerâmica que havia sido enviada a Mae por um tio idoso que vive na China. Começa aí uma aventura...
Conta a lenda que, no século XIV, na China, havia um palácio embaixo da Montanha dos 1000 dragões — o Palácio do Luar. Nele vivia um imperador menino que sofria de uma doença incurável: sua pele não suportava os raios do sol. A mãe, que o amava muito, mandou buscar três dos mais sábios alquimistas do mundo e deu a eles a tarefa de criar um elixir que concedesse vida eterna ao menino. Em seguida, mandou fechar para sempre a entrada do palácio, com três chaves mágicas.
A busca de informações sobre a estátua quebrada levará os três pequenos detetives à China e aos mistérios que envolvem a lenda do menino imperador e do Palácio do Luar. Suas habilidades e inteligência serão colocadas à prova, em situações perigosas e desafiadoras, pois adultos desonestos estão interessados em encontrar a entrada do palácio, com intenções nem um pouco louváveis.
O filme tem ritmo e trilha sonora de aventura, uma bela fotografia e uma excelente direção de atores. Os três atores mirins (Helena Siegmund-Schultze, Bruno Leon Schubert e Justus Kammerer) são convincentes na caracterização de suas personagens, mesmo nas circunstâncias mais improváveis como, por exemplo, quando Biggi e uma menina pouco mais velha do que ela dão uma verdadeira surra em oito garotos, grandes e fortes, que tentam roubar delas uma das três chaves do Palácio do Luar. Ou quando Luk, usando vestido de noiva e sapatos brancos de salto alto, corre desengonçado pela muralha da China, levantando com as mãos as saias engomadas.
A trama prende a atenção do espectador, diverte e, de quebra, traz uma mensagem preservacionista, alertando para a necessidade de proteção dos ursos Panda. Parece ser endereçado a crianças pequenas, mas adultos e adolescentes certamente se sentirão, também, atraídos pelas peripécias, na China, dos três tigrinhos vienenses.
Rosalia Duarte é professora do Departamento de Educação da PUC-Rio, onde coordena o Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia (GRUPEM).
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